Os caminhões autônomos ou semiautônomos, dirigidos quase sem interferência do motorista, já são uma realidade nas lavouras de cana do Brasil e estão em exibição na Pista de Caminhões Autônomos da Agrishow 2022.
Quando o motorista dirige manualmente, é impossível que os veículos não se desviem pelo menos um pouco da rota (no caso, as carreiras de cana), já que ele não enxerga a carreira embaixo do veículo. Com a automação, o caminhão segue exatamente a rota pré-estabelecida. Além de evitar o pisoteamento das plantas, garantindo aproveitamento total do plantio à colheita, os veículos ainda podem fazer aplicações localizadas (somente onde há necessidade de pulverização, por exemplo).
A parceria Mercedes Benz–Grunner trouxe para a feira três modelos semiautônomos, com funções diferentes: transbordo (que recolhe a cana picada), o ASP (que aplica a vinhaça) e o ADS, que insere todos os insumos sólidos na terra. A expectativa da Mercedes, que produziu e comercializou cerca de 350 equipamentos no ano passado, é ampliar a produção dos veículos para 470, na safra 23/24.
A Scania disponibiliza o modelo P 280 8×4, destinado ao transbordo da cana. A automação também é nível 2: recebendo sinal de satélite, o veículo opera sozinho no trajeto pré-estabelecido, e o motorista, que vai na cabine interfere em poucos casos, como no momento de mudar de carreira.
Por sua vez, o Grupo AIZ, também presente na Agrishow, já avançou para o nível 3. Os veículos projetados pela empresa podem ser operados remotamente, de qualquer lugar, e sem motorista na cabine. Isso porque, além de preparar um caminhão (no caso deles, de qualquer marca que o cliente escolher) com os implementos necessários para a lavoura da cana, eles equipam o veículo com a tecnologia necessária para o nível 2 (GPS) e depois para o nível 3 (fabricam um posto de controle, que pode ser instalado em qualquer lugar). E quando não há sinal de satélite ou internet no local, a empresa faz a rede.
Esta notícia foi lida 73 vezes!