A participação em uma quadrilha que atacou uma companhia da Polícia Militar para dominar a cidade de Guararema, na Grande São Paulo, e roubar os caixas eletrônicos de uma agência bancária levou o hoje ex-PM Edílson Ricardo da Silva a ser condenado a 7 anos de prisão, pela Justiça Militar, e mais 2 anos e 4 meses, pela Justiça Comum. O crime aconteceu em 2009. O ex-PM foi preso em junho de 2013 e solto em maio de 2014 e agora é candidato a vereador em Mogi das Cruzes, onde também ocupa o cargo de vice-presidente do PRTB no município paulista. Ele pertence ao mesmo grupo de Tarcísio Escobar de Almeida e de Júlio Cesar Pereira, o Gordão, ambos articuladores informais do PRTB, legenda do candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal, e acusados de trocar carros de luxo por cocaína para o PCC, como revelou o Estadão na quarta-feira, 21.
O Ministério Público Eleitoral (MPE), por meio do promotor Luiz Henrique Brandão Ferreira, pediu a impugnação da candidatura de Edílson Ricardo da Silva na quinta-feira, 15, alegando que não se passaram oito anos desde o fim do cumprimento da pena pelo ex-PM, como exige a Lei da Ficha Limpa. Silva foi notificado na última terça-feira, 20, para contestar o pedido.
A operação que levou Silva a ser condenado ficou conhecida como Novo Cangaço. O acórdão do Tribunal de Justiça Militar explica a atuação dele nos crimes: “A função do Sd PM Edilson era de repassar informações privilegiadas acerca do que ocorria na sede do Batalhão ao Sd PM Miranda.”