NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Com o repasse do último reajuste nas refinarias da Petrobras, o preço do diesel nos postos brasileiros subiu 3,2% esta semana e atingiu novo recorde desde o início da pesquisa semanal de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), em 2004.
O preço médio do combustível chegou a R$ 6,847 por litro. O valor é 2,9% superior ao recorde atingido na semana de 19 de março, logo após os mega-aumentos promovidos pela Petrobras, e 44% superior ao pior período da greve dos caminhoneiros de 2018.
A pesquisa da ANP encontrou o litro de diesel a até R$ 8,300, em Cruzeiro do Sul (AC). O preço máximo detectado pela agência esta semana, porém, é 1,1% inferior ao verificado na semana anterior, em Porto Seguro (BA).
Em 12 estados, o preço médio do combustível já passa de R$ 7 por litro. A média estadual mais alta foi verificada no Acre: R$ 8,067 por litro.
O reajuste no preço do diesel anunciado pela Petrobras na segunda-feira (9) provocou a demissão do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que foi substituído por Adolfo Sachsida, que assessorava o ministro da Economia, Paulo Guedes.
A empresa alegou que precisava acompanhar a evolução das cotações internacionais do produto, que já tinha defasagens superiores às verificadas antes do mega-aumento de março. O aumento, de 8,87%, porém, não foi suficiente para zerar a diferença.
Segundo dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a defasagem entre o preço médio do diesel nas refinarias brasileiras e a paridade de importação está hoje em R$ 0,57 por litro.
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