Marcelo Godoy – Estadão
A morte de Rafael Maeda Pires, o Japonês do PCC, foi o ponto de partida para a polícia investigar as lojas de carros do Tatuapé sob a suspeita de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Em um ano de investigações, cerca de 500 transações com veículos avaliados entre R$ 200 mil e R$ 4 milhões feitas nos últimos três anos estão sendo examinadas pela Receita Federal, Ministério Público Estadual e Polícia Civil.
Somadas, essas operações teriam movimentado até R$ 130 milhões. A reportagem não obteve retorno das lojas citadas nas investigações.
Como o Estadão mostrou, o dinheiro do crime organizado também tem financiado a compra de imóveis em prédios de alto luxo e até fintechs em área nobre do Tatuapé, zona leste de São Paulo.
A equipe do 30.º Distrito Policial (Tatuapé) chegou à garagem de um prédio comercial da Rua Antônio de Barros no fim da tarde de 4 de maio de 2023. A vítima estava dentro de um Toyota Corolla preto, blindado. Ao seu lado, a pistola calibre 9 mm com uma cápsula deflagrada.
A porta estava aberta e o motor, ligado. No chão, ao lado do motorista, 18 bitucas de cigarro. O cenário parecia ser o de um suicídio, inclusive pela mensagem que o homem que jazia no carro havia mandado para a mulher uma hora antes.
No para-brisa, um adesivo de uma loja de carros, que levaria os policiais a outra descoberta importante sobre o modo de vida dos criminosos no Tatuapé: o comércio de compra e venda de carros de luxo para a ocultação de bens de traficantes de dr
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