Nesta terça-feira (12), o Instituto Butantan anunciou que a eficácia global do imunizante foi de 50,38% nos testes feitos no Brasil. Em Ribeirão Preto, mil profissionais de saúde foram voluntários no estudo.
O médico infectologista Fernando Belissimo, que integra grupos de pesquisa sobre o coronavírus no Hospital das Clínicas (HC) em Ribeirão Preto (SP), disse, nesta terça-feira (12), que os 50,38% de eficácia global obtidos nos testes clínicos da CoronaVac no Brasil são suficientes para reduzir os números de casos e mortes pela Covid-19.
Na avaliação de Belissimo, os resultados anunciados pelo Instituto Butantan nesta terça-feira são otimistas. O centro é parceiro do laboratório chinês Sinovac no desenvolvimento da vacina. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que para a aplicação, os testes precisam obter, no mínimo, 50% de eficácia.
“Eu os vejo com uma dose de otimismo no sentido de que essa eficácia provavelmente é suficiente para reduzir o número de casos e reduzir o número de óbitos pela doença. Ela não é ideal no sentido de possibilitar a erradicação da circulação do vírus, que seria um objetivo secundário da vacinação, mas vai nos auxiliar no objetivo primário, que é reduzir o número de óbitos, o número de casos graves e o número de internações.”
Chamado de eficácia global, o índice aponta a capacidade da vacina de proteger em todos os casos – sejam eles leves, moderados ou graves.
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