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Como o domínio da China sobre um mineral obscuro ameaça os Exércitos mais mortíferos do planeta

Os rigorosos controles da China sobre a exportação de ímãs resistentes ao calor feitos com minerais de terras raras expuseram uma grande vulnerabilidade na cadeia de suprimentos militar dos EUA.

A China produz todo o suprimento mundial de samário, um metal de terras raras particularmente obscuro usado quase que exclusivamente em aplicações militares. Os ímãs de samário podem suportar temperaturas altas o suficiente para derreter chumbo sem perder sua força magnética. Eles são essenciais para suportar o calor de motores elétricos de alta velocidade em espaços apertados, como os cones de mísseis.

Sem esses ímãs, os Estados Unidos e seus aliados na Europa terão dificuldades para reabastecer os estoques de armas de ponta, recentemente esgotados em razão da ajuda militar enviada à Ucrânia na guerra contra a Rússia e para Israel no confronto com o Hamas e o Hezbollah.

Por mais de uma década, os Estados Unidos não conseguiram desenvolver uma alternativa ao fornecimento chinês de um tipo específico de terra rara crucial para a fabricação de ímãs para mísseis, caças a jato, bombas inteligentes e muitos outros equipamentos militares.

Por isso, os minerais de terras raras são uma questão central nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, atualmente em andamento em Londres.

Em 4 de abril, a China suspendeu as exportações de sete tipos de metais de terras raras, bem como de ímãs feitos com eles. A China controla a maior parte do fornecimento mundial desses metais e ímãs. O Ministério do Comércio da China declarou que esses materiais tinham usos civis e militares, e que quaisquer exportações adicionais só seriam permitidas com licenças emitidas especialmente para esse fim. A medida, de acordo com o ministério, “protegeria a segurança nacional” e “cumpriria obrigações internacionais, como a não proliferação”.

O ministério começou a emitir algumas licenças para ímãs que incluem dois dos metais raros restritos, disprósio e térbio, para montadoras na Europa e nos Estados Unidos. Os ímãs com esses dois metais raros, usados em sistemas de freio e direção, podem suportar o calor de um motor a gasolina próximo, mas não toleram de forma confiável o calor mais intenso encontrado em aplicações militares. Mas não há sinais de que a China tenha aprovado as exportações de samário, que tem poucas aplicações civis.

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