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Após implante, com perda severa de audição “Japonês”de Moro Agudo volta a tocar sanfona

 

Fonte EPTV

Há quatro anos, o aposentado José Luiz Itiro Yamamoto teve uma perda severa de audição. Cego desde a adolescência, tinha no som uma espécie de compensação sensorial e essa habilidade permitiu que desenvolvesse várias atividades, como a de tocar sanfona.

Mas, em 2020, com a audição prejudicada, o instrumento musical precisou ser deixado de lado.

Em fevereiro deste ano, seu Yamamoto passou por uma cirurgia, no Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto (SP). A expectativa dos médicos é que um implante coclear pudesse ajudá-lo a voltar a ouvir.

Nesta semana, o idoso voltou ao HC para fazer ajustes e pôde, finalmente, voltar a tocar a sanfona.

 

O aposentado José Luiz Itiro Yamamoto reencontra a sanfona após implante coclear no HC em Ribeirão Preto, SP — Foto: Marcelo Moraes/EPTV

O aposentado José Luiz Itiro Yamamoto reencontra a sanfona após implante coclear no HC em Ribeirão Preto, SP — Foto: Marcelo Moraes/EPTV

Eletrodos estimuladores

 

O procedimento foi conduzido pelo cirurgião otológico Miguel Hippolyto, que também é professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Segundo o especialista, hoje, o implante coclear é uma das principais soluções para a surdez profunda.

Por meio de cirurgia, um conjunto de peças é implantado no crânio do paciente e conectado ao ouvido. Do lado de fora, um aparelho semelhante aos conhecidos do grande público é colocado na orelha, mas pode ser removido. A diferença é que ele leva tecnologia de ponta.

“Um aparelho auditivo comum, convencional, é um aparelho de amplificação sonora. Ele capta o som e aumenta o som porque o paciente tem uma perda auditiva onde ainda é possível estimular algumas células do ouvido interno que conseguem perceber esse tipo de som. Já quando a pessoa vai para o implante coclear é colocado dentro da cóclea, que é o ouvido interno, que é o caracolzinho, um feixe de eletrodos. Esse feixe de eletrodos vai estimular diretamente o nervo auditivo e o nosso cérebro vai ser capaz de perceber esses sons”, explica Hippolyto.

 

Feixe de eletrodos é implantado no crânio de paciente enquanto aparelho externo fica na orelha — Foto: Marcelo Moraes/EPTV

Feixe de eletrodos é implantado no crânio de paciente enquanto aparelho externo fica na orelha — Foto: Marcelo Moraes/EPTV

Reabilitação

 

As reações de seu Yamamoto no momento em que o implante começou a funcionar foram registradas pela equipe médica. Como em todo recomeço, é preciso paciência, de acordo com a equipe.

A expectativa dos especialistas é de que seu Yamamoto tenha total autonomia daqui a pelo menos 30 dias. Durante o período, ele vai passar por um processo de reabilitação acompanhado por fonoaudiólogos.

“É ensinar esse ouvido que já ouviu um dia de forma normal, só que agora vai reaprender a escutar com o implante coclear. Vai ser trabalhada a compreensão de fala, a percepção dos sons. São treinos específicos relacionados à audição que o reabilitador realiza”, diz a fonoaudóloga Carla Lima.

 

Mas, para o médico e para as fonoaudiólogas, o implante já é considerado um sucesso. Por enquanto, o aparelho está em um dos ouvidos, e, se tudo correr bem, ele poderá ser implantado no outro também.

“Ele é um paciente que é músico e quem trabalha com música geralmente tem o ouvido diferenciado. Então ele tem um prognóstico muito bom, que é o que a gente espera mesmo com o implante coclear”, afirma a fonoaudióloga.

O aposentado José Luiz Itiro Yamamoto reencontra a sanfona após implante coclear no HC em Ribeirão Preto, SP — Foto: Marcelo Moraes/EPTV

Cirurgia pelo SUS

 

No HC em Ribeirão Preto, são realizados oito procedimentos do tipo por semana. Na rede particular, o custo pode passar dos R$ 200 mil. Os pacientes atendidos no HC, geralmente, são encaminhados por outros hospitais, mas também é possível se inscrever em um programa que oferece a cirurgia gratuita.

“Quando tem essa junção da ciência, que trabalha um caso tão complexo, tão sensível que é a surdez, e a política pública de inclusão, que te fornece uma cirurgia, uma protetização, você pode devolver uma expectativa de vida para a pessoa, qualidade de vida, para ele estar na sociedade e que ele possa viver com menos dificuldades nessas barreiras que a deficiência traz, afirma a assistente social Patrícia Cordeiro.

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