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Cheia do Guaíba, em Porto Alegre, atinge nível recorde e especialistas alertam para risco

Por Priscila Mengue e Caio Possati

O nível do Rio Guaíba, em Porto Alegre, chegou na noite desta sexta-feira, 3, a um patamar recorde: 4,80 metros. É a maior marca já registrada na capital gaúcha, superando a cheia histórica de 1941, quando o número atingiu 4,76 metros. Um novo prognóstico aponta que a enchente que atinge a cidade será ainda maior do que o previsto anteriormente.

A medição de 4,80 metros foi registrada às 22 horas no Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH). A expectativa é que o nível continue a subir.

Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) apontam a necessidade de preparar um plano de evacuação para diversos bairros das proximidades da orla do Lago Guaíba, nas zonas norte, sul e central, inclusive nas proximidades do Aeroporto Salgado Filho, na capital do Rio Grande do Sul, que suspendeu as operações na noite desta sexta.

A recomendação é ampliar a evacuação assim que o Guaíba chegar a 5 metros, o que poderia ocorrer ainda nesta madrugada de sábado, 4. Por enquanto, a prefeitura recomendou a saída da população do centro histórico, das ilhas e do 4º Distrito — antiga área industrial que abrange os bairros Floresta, Navegantes, Humaitá, São Geraldo e Farrapos. Bloqueios foram feitos em alguns acessos. Também foram retirados moradores de outros pontos da cidade.

A estimativa é que o Guaíba chegue a 5,5 metros até o sábado, o que é quase o dobro da cota de inundação. Há o temor de que possa colapsar o sistema de contenção contra cheias da cidade (que envolve comportas, muro, vias elevadas e bombeamento de água), pois há registros de problemas e é um dos principais responsáveis pelas águas não terem avançado ainda mais.

Professor do IPH, o engenheiro ambiental Fernando Mainardi Fan explica que a recomendação de evacuação é uma medida de segurança. Isso porque um eventual rompimento do sistema geraria um avanço muito rápido das águas pela cidade.

“A gente está sendo justamente temerário de que o sistema não seja o suficiente, que possa ocorrer alguma falha nele e, aí, a água entrar”, aponta o professor. “(A evacuação seria) Uma medida de segurança, para proteger a vida das pessoas e os patrimônios mais valiosos”, continua.

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