O empresário Fabiano Palari, da área de segurança,  passa bem depois de ser operado e colocado uma placa na cabeça, por ter sido atingido por estrutura (cobertura) de torneio de Beach Tênis em Ribião Preto.

Polícia abre investigação e vai ouvir responsáveis por evento

Organizadores apontam rajadas de vento como principal fator para queda de cobertura no último sábado, em Ribeirão Preto. Dos nove feridos, apenas uma mulher segue internada.

Por Gustavo Oliva, Kelven Melo, EPTV e g1 Ribeirão e Franca

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar a queda da cobertura de uma parte da arquibancada em um torneio de beach tennis em Ribeirão Preto (SP) no último sábado (18).

O acidente feriu nove pessoas. Oito delas já receberam alta médica, incluindo o gestor Fabiano Palari, socorrido em estado grave com traumatismo craniano. Ele foi liberado para casa nesta segunda-feira (20).

Apenas uma mulher de 33 anos continua internada. Ela passou por uma cirurgia na perna e ainda deve ser submetida a um outro procedimento, esse na região do ombro. No entanto, não corre risco de morte.

Nos próximos dias, a polícia deve ouvir testemunhas e ao menos três pessoas da organização: o responsável pela arena, o organizador do torneio e o responsável pela montagem da estrutura da cobertura da arquibancada.

Além disso, a Polícia Civil pediu documentações à Prefeitura de Ribeirão Preto e ao Corpo de Bombeiros para verificar se o evento tinha autorização para acontecer.

Análises da perícia também farão parte das investigações.

O que dizem os responsáveis?

Organizador do torneio, Anderson Rubinato garantiu que as documentações do evento estavam em dia e que a ventania colaborou com o acidente. Ele também afirmou que a organização prestou assistência imediata às vítimas.

“O evento tem todas as documentações necessárias, as autorizações. A gente estava em plena operação e foi surpreendido com uma chuva seguida de uma forte ventania. Quando isso aconteceu, a gente teve uma situação na área vip do evento com a cobertura. A primeira providência que a gente tomou foi evacuar o local, isso com uma equipe local do Corpo de Bombeiros mais os seguranças. A gente conseguiu evacuar todas as pessoas que estavam nessa área com segurança e tranquilidade. Depois, a gente foi prestar atendimento aos feridos.”

Já o responsável pela montagem da cobertura é Alexandre Pimenta. Segundo ele, a estrutura foi montada dez dias antes do evento e uma equipe da empresa se deslocou para o local logo depois da queda. Pimenta também considerou o vento como principal motivo do acidente.

“Fator predominante na situação foi o vento. Foi um vento de rajadas, é um vento perigoso. A estrutura foi entregue de uma forma convencional, todos os cuidados específicos com travamentos, cintas, ancoragem, tudo dentro dos padrões da empresa. Uma equipe já acostumada a fazer esse tipo de instalação. Lembrando que as estruturas móveis não contam com fundações. Ela tem um cálculo básico de vento, mas fica muita suscetível a esses ventos de rajada.”

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