General Marco Antônio Freire Gomes depôs na sexta, 1, durante cerca de oito horas no inquérito da Operação Tempus Veritatis, que investiga suposto envolvimento do ex-presidente em uma trama golpista que previa inclusive a prisão do ministro Alexandre de Moraes
Por Pepita Ortega , Fausto Macedo e Marcelo Godoy
O ex-Comandante Militar do Nordeste, General Marco Antônio Freire Gomes. Foto: Alan Santos/PR
Em depoimento prestado à Polícia Federal, o ex-comandante do Exército general Marco Antônio Freire Gomes confirmou a participação em reuniões em que foram discutidos os detalhes da ‘minuta do golpe’. O militar foi ouvido por investigadores da Operação Tempus Veritatis, que apura uma suposta tentativa de golpe com possível participação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ex-chefe do Exército não é investigado, mas foi chamado a depor por investigadores em razão de mensagens que o ex-ajudante da Presidência Mauro Cid – agora delator – lhe enviou citando a ‘minuta’. Marco Antônio Freire Gomes compareceu à PF nesta sexta, 1, e lá depôs por oito horas, tendo respondido todas as perguntas dos investigadores.
São as mensagens enviadas por Mauro Cid a Freire Gomes que colocam o ex-presidente Jair Bolsonaro no centro da suposta trama golpista sob investigação da PF. O ex-ajudante de ordens afirmou ao general que o ex-chefe do Executivo ‘mexeu’ no decreto, ‘reduzindo’ o texto.
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