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Por que não foram encontrados restos humanos no Titanic?

No dia 15 de abril de 1912, o RMS Titanic afundava após atingir um iceberg a sudeste da Ilha de Newfoundland, no Canadá. 112 anos depois, notícias continuam aparecendo sobre esse assombroso naufrágio, que vitimou cerca de 2.224 pessoas.

E uma delas envolve uma curiosidade. Os destroços submersos do Titanic foram redescobertos em setembro de 1985. Mas, nessa ocasião, nenhum vestígio humano foi encontrado. E por isso aconteceu?

Essa constatação foi exposta pelo próprio James Cameron, diretor do famoso filme Titanic, de 1997, que visitou e explorou os restos do navio 33 vezes. Ele declarou em 2010 ao The New York Times: “Não vi nenhum resto humano. Vimos roupas. Vimos pares de sapatos, o que sugeriria fortemente que havia um corpo lá em algum momento. Mas nunca vimos nenhum resto humano”.

Uma vez que a tragédia ocasionou a morte de tanta gente (incluindo o momento do naufrágio, mas também depois), é até esperado que isso gere uma série de teorias de conspiração, mas também explicações sobre o que teria acontecido.

A primeira justificativa são os coletes salva-vidas que eram usados por muitos passageiros e tripulantes. Infelizmente, eles não ajudaram a salvar muitas vidas, mas fez com que os corpos permanecessem flutuando sobre as águas. Isso teria feito que uma tempestade após o naufrágio levasse os cadáveres para longe.

Já os corpos que ficaram presos dentro do próprio navio devem ter desaparecido por conta dos “catadores” presentes nas águas, como os peixes e outros animais. Mas então por que não restaram os ossos das vítimas?

Onde foram parar os ossos das vítimas?

Diferente do que ocorreu em outros naufrágios, não foram encontrados ossos dos corpos no Titanic. A resposta dessa dúvida pode ter a ver com a profundidade com que o famoso navio afundou.

“O problema com o qual você tem que lidar é que, em profundidades abaixo de cerca de 3.000 pés (914 metros), você passa abaixo do que é chamado de profundidade de compensação de carbonato de cálcio. E a água no fundo do mar está subsaturada em carbonato de cálcio, que é do que os ossos são feitos. Por exemplo, no Titanic e no Bismarck, esses navios estão abaixo da profundidade de compensação de carbonato de cálcio, então, uma vez que as criaturas comem sua carne e expõem os ossos, os ossos se dissolvem”, explicou o oceanógrafo Robert Ballard em entrevista ao NPR.

Há ainda os especialistas que acreditam que, nas partes seladas do navio, como a sala de máquinas, onde a água doce permanece rica em oxigênio, ainda pode haver alguns corpos preservados. Mas 112 anos depois do naufrágio, isso certamente parece improvável.

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