O prefeito de Taquaritinga (SP), Vanderlei José Marsico (PSDB), e o secretário da Fazenda do município, Carlos Fernando Montanholi, foram afastados do cargo pelo prazo de 90 dias, após decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo proferida na sexta-feira (23).
Ao g1, a Prefeitura de Taquaritinga informou que Marsico foi citado na manhã desta segunda-feira (26) e, seguindo a orientação dos advogados, se afastou da administração. Montanholi também informou que já está fora do cargo.
Marsico e Montanholi são investigados por improbidade administrativa e danos graves ao erário, que começaram em 2017, primeiro ano do mandato do prefeito.
Segundo o Ministério Público, uma análise criteriosa da gestão nos últimos sete anos aponta descontrole das contas públicas que tiveram como consequência:
- obras paralisadas ou atrasadas
- falhas na gestão de enfrentamento à covid-19
- atrasos nos pagamentos de encargos sociais
- horas extras habituais
- informações desencontradas da contabilidade
- atrasos nos pagamentos dos precatórios
- atrasos nos pagamentos de encargos sociais
- atrasos nos pagamentos de contas de água do município
- atraso em repasses a instituições (APAE, Casa Abrigo, Santa Casa de Misericórdia, Hospital de Olhos)
Na decisão, a juíza Taiana Horta de Pádua Prado, da 2ª Vara de Taquaritinga, dá o prazo de 30 dias para que prefeito e secretário se manifestem sobre as acusações e afirma que a medida foi tomada após diversas tentativas de negociação entre MP e Tribunal de Contas do Estado (TCE) com a prefeitura.
“Induvidoso, portanto, o dolo dos requeridos, afinal, desde 2018 as condutas ora mencionadas têm acontecido, embora tenha havido diversas tentativas por parte do Ministério Público e do Tribunal de Contas de alertar e notificar o Município acerca de tais desordens e irregularidades. Porém, nenhuma solicitação foi atendida e, muitas vezes, sequer houve retorno por parte do gestor, comprometendo-se em sanar as inúmeras ilegalidades, nem mesmo adoção de medidas concretas, ao contrário, tudo que sempre fora relatado continuou e continua a existir”, diz trecho.
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