O ex-ministro José Dirceu assumiu a função de cabo eleitoral de Edinho Silva, que disputa a presidência do PT. Numa carta aberta à população, além de defender a unidade para perseguir uma frente ampla de esquerda em 2026, chamou os petistas para uma “revolução social” e apontou os alvos: a Faria Lima e o Banco Central.
“É preciso uma verdadeira mudança na vergonhosa concentração de renda e no cartel bancário financeiro, na política de juros e nas metas da inflação, que exigem uma radical reforma tributária e financeira, capaz de pôr fim à apropriação e expropriação da renda nacional pelo capital financeiro e agrário, num circuito entre o Banco Central e a Faria Lima, que cada vez mais concentra renda, via os juros altos únicos no mundo”, afirma Dirceu. “Ao PT e às esquerdas resta a tarefa histórica de concluir a revolução social brasileira inacabada”, emenda.
A carta reforça o discurso da ala mais à esquerda que o PT vem adotando especialmente depois que Gleisi Hoffmann assumiu o comando da legenda.
O tom também vai ao encontro dos passos mais recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na escolha de sua equipe palaciana. Além de Gleisi ao seu lado, na Secretaria de Relações Institucionais, Lula ajusta a chegada de Guilherme Boulos ao Palácio do Planalto, justamente para comandar o contato com sindicatos e movimentos da sociedade civil.
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