BRASÍLIA E SÃO PAULO – A portuguesa Mota-Engil, que venceu a disputa pela concessão do túnel Santos-Guarujá nesta sexta-feira, 5, tem quase 80 anos de experiência em setores como construção civil, obras públicas e operações portuárias. Em seu portfólio, uma extensa lista de projetos pelo mundo, incluindo obras tão complexas como a do novo túnel brasileiro. Em sua trajetória, não saiu imune a controvérsias, já investigada por casos de corrupção.
Procurada, a Mota-Engil não se manifestou até o momento.
Desde a fundação, em 1946, a Mota-Engil adotou uma estratégia agressiva de expansão de negócios. A presença no mercado internacional veio apenas após um mês, quando a companhia desembarcou em Angola, na África, passando a trabalhar com exploração de madeira. Em 1948, começou a atuar com obras públicas.
Os anos e décadas seguintes também foram marcados por expansão para novos mercados. Atualmente o Grupo Mota-Engil é constituído por 228 empresas distribuídas por três grandes áreas: Engenharia e Construção, Ambiente e Serviços e Concessões de Transportes. Suas operações estão presentes em 21 países distribuídos entre Europa, África e América Latina.
No certame de hoje, o grupo português desbancou a espanhola Acciona, que ofertou desconto de 0%. A responsável pela Linha 6 do Metrô de São Paulo, ainda em construção, também no setor de saneamento, com concessões no Paraná e Espírito Santo, por exemplo.
Desde o lançamento do edital, oito empresas chegaram a estudar o projeto, incluindo brasileiras. No entanto, a leitura de especialistas é de que a familiaridade com obras do tipo e melhor acesso a financiamento culminaram na presença exclusiva de grupos internacionais – ambos com atuação global.
Esta notícia foi lida 87 vezes!