Enquanto mais de 1 milhão de investidores que compraram títulos do Banco Master serão ressarcidos por recursos do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), os aportes feitos por entidades de Previdência de Estados e municípios estão expostos à liquidação do banco e correm risco de perdas.
Segundo dados do Ministério da Previdência, 17 fundos de pensão de servidores públicos fizeram investimentos que somam quase R$ 2 bilhões em papéis do banco. Procuradas, as instituições (exceto a Rioprevidência — leia mais abaixo) não responderam até a publicação desse texto.
As aplicações se deram em letras financeiras do Master, títulos que ajudaram a financiar o avanço do banco depois que o Banco Central apertou a regulação para as captações voltadas a investidores pessoa física, por meio dos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), até então a principal fonte de financiamento do grupo.

Tradicionalmente voltada para investidores profissionais, as letras financeiras não têm cobertura do FGC. O Master emitiu um total de quase R$ 3 bilhões do papel. Desse total, R$ 1,8 bilhão de fundos de pensão de Estados e municípios, com recursos voltados para a aposentadoria futura de servidores públicos.
A liquidação do Banco Master foi decretada nesta terça-feira, 18, pelo Banco Central, depois de divulgada uma oferta de compra da instituição na segunda-feira, 17. Após a publicação do decreto de liquidação, o FGC informou que 1,6 milhão de investidores detêm títulos sujeitos à cobertura do seguro.
Já os investidores que estão fora dessa garantia, como os fundos de pensão, só conseguirão saber quanto será possível resgatar das aplicações no processo de liquidação dos ativos, que costuma se arrastar por anos.
Esta notícia foi lida 64 vezes!
ORC FM 94.9 Mhz Orlândia Rádio Clube
