A situação da ex-deputada federal Carla Zambelli ganhou novos contornos e voltou a movimentar o noticiário político e internacional. Presa na Itália, a ex-parlamentar teria sido vítima de agressões dentro da unidade prisional onde está detida, segundo informações repassadas por sua defesa.

De acordo com os advogados, Zambelli enfrentou episódios de violência após mudanças frequentes de detentas na cela onde estava alojada. Segundo a defesa, as agressões teriam colocado em risco a integridade física da ex-deputada, o que motivou um pedido imediato de transferência dentro do presídio feminino de Rebibbia, em Roma.

Inicialmente, o caso veio a público durante o culto evangélico Grande Clamor pelo Brasil, quando o senador Magno Malta afirmou que Zambelli teria sido agredida ao menos três vezes entre os meses de julho e agosto. O parlamentar pediu orações e disse ter ouvido o relato diretamente da ex-deputada durante uma visita.

Defesa esclarece versões

Em manifestação posterior, a equipe jurídica ponderou que, na verdade, teriam ocorrido duas agressões. Ainda segundo os advogados, os episódios não foram formalmente registrados junto às autoridades italianas, mas resultaram na mudança de cela e também de andar dentro da penitenciária.

Transferência por segurança, conforme explicou o advogado Fábio Pagnozzi ao Metrópoles, ocorreu justamente para reduzir os riscos após o clima de instabilidade causado pela constante rotatividade de presas.

Prisão e pedido de extradição

Carla Zambelli foi presa no dia 29 de julho, após deixar o Brasil sem cumprir a pena imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Justiça italiana entendeu haver risco de fuga e determinou a detenção. Atualmente, ela é alvo de um pedido formal de extradição apresentado pelo governo brasileiro.

O caso segue em análise e continua repercutindo tanto no meio político quanto jurídico, dentro e fora do país.

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