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Crime e violência elevados afastam investidores e fazem Brasil deixar de crescer 0,6 ponto do PIB

Na semana passada, o Brasil se deparou com um exemplo clássico de como a violência afeta a economia. Na rua Santa Ifigênia, centro de comércio eletrônico na capital paulista, um empresário teve uma loja invadida. Vítima de um centro inseguro, calculou um prejuízo de R$ 300 mil e decidiu fechar seu estabelecimento.

Nos últimos anos, o número de estabelecimentos comerciais na região despencou. Em 10 anos, a quantidade de empresas caiu de 15 mil para cerca de 2,5 mil, de acordo com o presidente da União Santa Ifigênia, Fabio Zorzo. O movimento, claro, também tem a ver com o fortalecimento do comércio eletrônico, mas passa pela insegurança enfrentada diariamente por empresários.

“A violência, óbvio, vem atrapalhando todo o movimento da região central. Estamos perdendo empregos e empresas”, afirma Zorzo.

De fato, a insegurança tem custado caro ao desenvolvimento brasileiro. O Produto Interno Bruto (PIB) do País poderia crescer 0,6 ponto porcentual a mais se o nível de criminalidade recuasse para o da média mundial, revela um estudo conduzido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Considerando as nossas estimativas iniciais, elas sugerem que reduzir completamente a lacuna nas taxas de criminalidade entre o Brasil e a média mundial aumentaria o crescimento do PIB real (brasileiro) em 0,6 ponto porcentual, pelo menos por algum tempo”, afirmam Rodrigo Valdés e Rafael Machado Parente, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI e economista do Fundo, respectivamente.

O cenário é bastante delicado para o Brasil, até mesmo quando comparado com os demais países da América Latina como um todo. Na região, a violência tem um impacto econômico um pouco menor, de 0,5 ponto porcentual. “O crime afeta diretamente a vida de milhões de pessoas, impondo grandes custos sociais”, apontam Valdés e Parente.

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