O plano foi defendido na semana passada pela Secretaria da Segurança em um momento em que a Polícia Civil havia sido alijada de diversas ações importantes para o combate à criminalidade organizada. Esse foi o caso da Operação Fim da Linha, feita pelo Ministério Público Estadual com o auxílio da PM e que levou à intervenção nas empresas de ônibus Transwolff e UPBus, investigadas sob a acusação de lavar dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) no sistema de transporte público de São Paulo.
Diante desse quadro, o delegado-geral, Artur Dian, convocou uma reunião extraordinária do Conselho da Polícia Civil, a cúpula que reúne os 23 cardeais, como são chamados os diretores da instituição. O encontro, que começou na manhã desta segunda-feira, dia 22, terminou no fim da tarde. Nele ficou demonstrado o “apoio total” dos cardeais à reação de Dian contra o plano exposto pela PM. Diante disso, o delegado-geral e uma comissão de integrantes do conselho rumou à sede da secretaria para se encontrar com Derrite.
No encontro, estava ainda presente o secretário-adjunto da pasta, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves. Ao término da reunião, Derrite anunciou o recuo do governo em um vídeo distribuído para as redes sociais da polícia. Segundo Derrite, será constituído um grupo de trabalho que terá dois representantes da PM, dois da Polícia Civil e dois da Polícia Técnico-Científica. Eles terão 45 dias para examinar o tema. Além de verificar a possibilidade de a PM fazer o TCs, o grupo vai verificar a possível adoção de um Boletim de Ocorrência Único, que é uma reivindicação da Polícia Civil, pois a PM tem seu próprio boletim, o BOPM.
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