Jessica Petrovna
ENVIADA ESPECIAL A SANTA CRUZ DE LA SIERRA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se solidarizou com Luis Arce pela quartelada em La Paz e evitou o seu aliado histórico Evo Morales ao visitar a Bolívia pela primeira vez desde que voltou ao Palácio do Planalto.
O encontro, segundo o governo, marca nova fase da relação Brasil-Bolívia, com foco na maior integração entre os países que compartilham 3.400 quilômetros de fronteiras. Mas coincide com o acirramento da crise política em La Paz, palco de uma intentona do Exército no mês passado.
“Não podemos tolerar devaneios autoritários e golpismos. Temos a enorme responsabilidade de defender a democracia contra as tentativas de retrocesso”, disse Lula, que havia classificado a tentativa de golpe como “imperdoável” ao chegar em Santa Cruz de La Sierra para o encontro com o presidente Luis Arce.
Lula reforçou o apoio ao governo Luis Arce contra a investida militar em meio ao fratricídio da esquerda boliviana, que tem como plano de fundo as eleições do ano que vem. E encerra a visita a Bolívia, a primeira em 15 anos, sem se reunir com Evo Morales, com quem compartilhou a “onda rosa” América Latina.
Ao lado de Arce, o petista declarou: “Em todo o mundo, a desunião das forças democráticas só tem servido à extrema direita”. Ele citou o Reino Unido e a França, onde os conservadores e a direita radical sofreram derrotas nas eleições da semana passada, acrescentando que “é imperativo superar diferenças em prol de um objetivo comum”.
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