Morre o estilista Giorgio Armani

Giorgio Armani morreu nesta quinta-feira, 4, em Milão, aos 91 anos. Criador da marca que leva seu nome, o estilista revolucionou a moda a partir dos anos 1980 ao suavizar o terno masculino, trocando estruturas rígidas por cortes leves e elegantes. Seu estilo conquistou Hollywood e moldou o guarda-roupa de executivos e celebridades, consolidando-o como um dos maiores nomes da moda mundial.

Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, Armani construiu um império que expandiu da alfaiataria para linhas femininas, alta-costura, esportivas, acessórios, perfumes e hotelaria. Sua visão minimalista definiu uma estética internacional de elegância discreta, onde o luxo se expressa mais pela forma e pelo corte do que pelo excesso.

Considerado um mestre da sobriedade, também cultivou diálogos com referências do Oriente, em especial no uso de silhuetas fluidas e tecidos que evocam leveza e movimento, reforçando sua assinatura de modernidade atemporal. A cor azul marinho, em especial, tornou-se um de seus símbolos, valorizada como alternativa sofisticada ao preto em ternos e vestidos de noite.

Armani também assinou projetos fora das passarelas, entre eles o desenho dos uniformes da Polizia di Stato, polícia nacional italiana, no início dos anos 2000. Essa amplitude criativa, aliada à independência de pensamento, consolidou sua marca como um dos pilares da moda contemporânea.