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‘Comando 4’ tinha lista com nomes de ministros do STF e tabela de preços por assassinatos

Por Rayssa Motta e Fausto Macedo – Estadão

Polícia Federal faz operação contra grupo especializado em espionagem e execuções sob encomenda suspeito de ligação com morte de lobista da venda de sentenças no Tribunal de Mato Grosso e no STJ; valor cobrado por assassinato chegava a R$ 250 mil, segundo investigação

Um lista com nomes de parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foi encontrada com o suposto grupo de extermínio autodenominado C4 (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos).

Segundo a Polícia Federal, trata-se de uma organização criminosa especializada em espionagem e execuções sob encomenda.

O grupo tinha também uma tabela de preços por execução – até R$ 250 mil, a depender do status do alvo. A PF investiga agora se houve de fato alguma articulação de atentado contra autoridades.

A descoberta foi feita na investigação sobre o assassinato do advogado Roberto Zampieri, conhecido como “lobista dos tribunais”, morto a tiros na porta do seu escritório em Cuiabá, em dezembro de 2023.

O advogado foi o pivô da investigação sobre a venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mensagens encontradas no celular dele levantaram as suspeitas da compra de decisões e deram início ao inquérito.

Em 2024, a Polícia Civil de Mato Grosso já havia apontado que os suspeitos fariam parte de uma “rede organizada, voltada para a execução (homicídios) de terceiros, mediante a contratação e financiamento por parte de seus respectivos mandantes, conforme restou cristalino no caso da morte do advogado Roberto Zampieri”.

A PF deflagrou nesta quarta-feira, 28, a sétima fase da Operação Sisamnes para prender cinco suspeitos de envolvimento com o Comando 4. Os policiais federais também fizeram buscas em seis endereços em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.

A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do STF, que conduz as investigações sobre a venda de sentenças no STJ.

O ministro também determinou algumas medidas cautelares contra os investigados, como recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato e saída do País e apreensão de passaportes.

 

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