O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu nesta terça-feira à ONU que abra um “processo criminal” contra seu homólogo norte-americano Donald Trump por dar “a ordem” de atacar supostas embarcações de narcotraficantes no Caribe, onde morreram “jovens pobres” e sem “armas para se defender”.
Nos últimos dias, os Estados Unidos lançaram pelo menos três ações ofensivas contra embarcações que supostamente se dirigiam ao país com drogas vindas da Venezuela, em eventos que, segundo Trump, deixaram pelo menos 14 mortos.
Petro, que suspeita que algumas das vítimas eram colombianas, afirmou que o presidente estadunidense deve ser investigado por permitir “os disparos de armas contra jovens que simplesmente queriam escapar da pobreza”, durante sua intervenção na Assembleia Geral da ONU em Nova York.
O presidente colombiano insistiu que os mortos não eram os grandes chefes dos cartéis, que na verdade “moram” em Miami e “são vizinhos do presidente dos Estados Unidos”.
“Dizem que os mísseis no Caribe eram para deter as drogas. Mentira!”, acrescentou em um discurso forte dirigido a Trump, que na semana passada retirou a Colômbia, principal produtora mundial de cocaína, da lista de países aliados dos Estados Unidos na luta contra as drogas.
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