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Entidade médica altera forma de diagnóstico da pressão alta; veja o que muda

 

Por Victória Ribeiro – Estadão

Nesta sexta-feira, 12, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) lançou novas diretrizes para o diagnóstico da hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta. Reconhecida como um dos principais fatores de risco associados à mortalidade e ao desenvolvimento de outras doenças, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a insuficiência renal, essa condição afeta aproximadamente 45% dos brasileiros entre 30 e 79 anos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Atualmente, o diagnóstico costuma ser estabelecido com base nos resultados das medições realizadas em consultórios médicos ou outras unidades de saúde, até mesmo por meio daqueles processos típicos de triagem que antecedem o atendimento. No entanto, as recentes Diretrizes Brasileiras de Medição da Pressão Arterial, desenvolvidas por 67 profissionais que estão entre os principais especialistas do País, sugerem a realização de exames adicionais e fora do consultório para uma avaliação mais precisa da condição.

sações comuns de visitas a consultórios, como ansiedade e medo, podem influenciar no resultado dos exames  Foto: Kurhan / Adobe Stock

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Conforme explica o cardiologista Audes Feitosa, coordenador das diretrizes desenvolvidas pela SBC, a medição de pressão arterial é mais complexa do que parece, afinal, pode ser influenciada por diversos fatores, como estresse, ansiedade ou medo, sensações comuns de quem vivenciou algum tipo de acidente ou espera para receber uma avaliação do médico. Tudo isso, segundo ele, pode colaborar com um falso diagnóstico e, no pior dos casos, em tratamento desnecessário.

“Existe toda uma técnica para aferir a pressão arterial, incluindo a calibração do equipamento e a posição do paciente. Além disso, o ambiente do consultório, por si só, pode ser propício a erros. O paciente geralmente não está familiarizado com o lugar, pode estar ansioso quanto ao diagnóstico e ter dúvidas, o que pode resultar em níveis de pressão que ele normalmente não teria em situações cotidianas”, afirmou Feitosa.

Diante desse contexto, as novas diretrizes recomendam que, além do exame no consultório, seja realizada uma das três modalidades de exame: Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) e Automedida da Pressão Arterial (AMPA). O diferencial desses exames é que os pacientes levam os dispositivos para casa e os utilizam durante a rotina diária, o q

ue permite compreender como a pressão arterial se comporta no dia-a-dia.

Quanto aos valores, a SBC esclarece que, considerando somente as medições em consultório, a hipertensão é caracterizada pela pressão sistólica a partir de 140 mmHg e a diastólica a partir de 90 mmHg, o que seria chamada popularmente de 14 por 9. Nas medições em casa, os valores variam, mas o limiar para o diagnóstico é mais baixo, na faixa de 13 por 8. O cardiologista poderá orientar sobre os limites para cada tipo de exame feito na residência.

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