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Não quer largar oi Osso: Bolsonaro articula, da prisão domiciliar, lançar Michelle senadora pelo DF e Eduardo fora de SP

A eleição ao Senado é considerada crucial pelo ex-presidente, uma vez que alcançar a maioria das cadeiras pode dar poder ao bolsonarismo de contra-atacar o STF com o impeachment de ministros. Bolsonaro já disse em público que, se tiver mais de 50% de cadeiras no Congresso, vai “mandar mais que o presidente da República”, ainda que ele esteja fora do jogo.

Os pré-candidatos que vêm procurando o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para tentar viabilizar a candidatura costuma ouvir dele, segundo relatos feitos ao Estadão, que a escolha passa necessariamente pelo ex-presidente, por se tratar de uma eleição fundamental para se aprovar o impeachment de ministros do STF — uma espécie de fixação do bolsonarismo.

O ex-presidente está convicto de que sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, deve concorrer a uma vaga no Senado, de acordo com o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que o visitou na sexta-feira, 17. Este cenário a colocaria fora da disputa presidencial, para a qual é cotada.

“Em Brasília está muito definido que a Michelle é candidata a Senado. Isso está muito cristalizado na mente dele (Bolsonaro). Ele entende que (é) para proteger a Michelle, (porque) as pessoas sempre saem do Executivo com problemas judiciais infinitos. É proteção de marido”, afirma Sóstenes.

Uma aliada de Michelle diz, sob reserva, que uma eventual candidatura da ex-primeira-dama “não vai partir dela, mas se Bolsonaro pedir”, e que ela tem manifestado o desapego em declarações públicas que tem dado. Num evento do PL em Rondônia em setembro, por exemplo, ela afirmou que “não quer ser presidente, quer ser primeira-dama”.

Bolsonaro vem confundindo aliados com sinais trocados em relação a Michelle, uma vez que ele já sugeriu que a esposa seja vice em uma chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao Palácio do Planalto.

De qualquer forma, ele disse que nenhum anúncio de candidatura à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ser feito antes de fevereiro do ano que vem, segundo parlamentares que estiveram com ele no mês passado.

O Estado de São Paulo se tornou um dilema para o bolsonarismo. O nome mais forte para o pleito é do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se mudou para os Estados Unidos em março e não deve voltar ao Brasil tão cedo. Em 2018, ele foi o deputado federal mais votado da História, com 1,84 milhão de votos; em 2022, teve 741 mil votos, atrás apenas de Guilherme Boulos (PSOL, com 1 milhão de votos) e Carla Zambelli (PL, 946,2 mil votos)

Bolsonaro discutiu com Sóstenes um cenário sem o filho, em que o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), e o deputado federal Marcos Feliciano (PL) foram mencionados como competitivos. Assim como em outros Estados governados por aliados, um dos nomes da chapa ao Senado é indicação do governador (no caso, Derrite é escolha de Tarcísio), e o outro fica a cargo de Bolsonaro.

O pleito paulista, no entanto, pode acabar disputado fora do controle do ex-presidente. Isso porque o deputado federal Ricardo Salles (Novo) — o quarto deputado federal mais votado no Estado em 2022, com 640,9 mil votos — deve sair candidato sem a bênção do ex-presidente, o que pode prejudicar o PL.

A chapa em São Paulo é diretamente dependente da decisão de Tarcísio de disputar ou não a Presidência da República. Sem o governador na corrida pela reeleição, abre espaço para Bolsonaro emplacar um nome competitivo.

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Autor redacao

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