Depois de gastar milhões na campanha de Donald Trump, o bilionário Elon Musk ganhou oficialmente um papel no novo governo republicano. O CEO da Tesla e da SpaceX será o chefe do chamado Departamento de Eficiência Governamental ao lado do também empresário Vivek Ramaswamy. O que ele fará exatamente ainda não está claro, mas falas recentes dão indícios de suas ambições.
Nas palavras do próprio Trump, os dois empresários serão encarregados de “desmontar a burocracia governamental, eliminar regulamentações excessivas, cortar gastos desnecessários e reestruturar agências federais”. Os dois atuarão por fora da Casa Branca, basicamente fornecendo conselhos e orientações ao Escritório de Gerenciamento de Orçamento do futuro governo, mas não se sabe quanto poder o cargo de fato terá.
O magnata da tecnologia comemorou a notícia no X ao republicar dezenas de memes e declarar que “ou tornamos o governo eficiente ou a América vai à falência”.
Corte drástico de gastos
Antes das eleições, o bilionário deu os indícios do que pensava fazer caso tivesse poder dentro de um futuro governo. Em um comício em Nova York em outubro, ele prometeu identificar “pelo menos US$ 2 trilhões (R$ 11,5 trilhões) em cortes” como parte de uma revisão formal das agências federais. Para maior transparência, diz, as informações de gastos e cortes do governo seriam compartilhadas via redes sociais.
A promessa atraiu aplausos entusiasmados do público, mas tem um alto grau de dificuldade. Com um orçamento atual de mais de 6 trilhões, reduzir um terço dos gastos federais significaria cortar despesas com serviços como alimentação, assistência médica e auxílio moradia.
Musk pareceu reconhecer os riscos econômicos de sua proposta. No X, o site de mídia social que ele possui, o magnata da tecnologia concordou com a postagem de outro usuário que argumentava que sua revisão federal — e outras políticas de Trump — arriscavam uma “reação exagerada severa na economia”, fazendo com que os mercados financeiros “caíssem” antes que a posição fiscal do país melhorasse mais tarde. O empresário respondeu: “Isso parece certo”.
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