Um tribunal de Hong Kong determinou nesta segunda-feira, 29, a liquidação da endividada gigante imobiliária chinesa Evergrande em favor de seus credores estrangeiros. Essa decisão deve abrir um longo e incerto processo, já que não se sabe se será reconhecida na China continental, onde se encontra a maior parte dos ativos da companhia. Os débitos da Evergrande chegam a US$ 330 bilhões.
“Esse processo já dura um ano e meio e a empresa ainda não apresentou uma proposta concreta de reestruturação (da dívida). Acho que é hora de o tribunal dizer basta”, disse a juíza do caso, Linda Chan, que chegou a conceder à Evergrande sete adiamentos para negociar um acordo com seus credores.
A imprensa internacional noticiou que a última rodada de negociações do Evergrande com seus principais credores havia terminado sem acordo. Como resultado, os credores haviam decidido apoiar o pedido de liquidação apresentado em meados de 2022 por um investidor local por falta de pagamento de uma dívida de cerca de US$ 110 milhões. No ano passado, a Evergrande afirmou, citando uma análise da Deloitte, que a taxa de recuperação para os investidores no caso de uma liquidação seria de cerca de 3,4%.
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