
O contrato oferecido a Carlo Ancelotti pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prevê um bônus de 5 milhões de euros (cerca de R$ 31 milhões) caso a seleção brasileira conquiste o título da Copa do Mundo de 2026. A CBF anunciou, nesta segunda-feira, 12, a contratação do técnico italiano. Nem o treinador, nem seu atual clube, o Real Madrid, se pronunciaram até o momento.
O salário mensal de Ancelotti será de R$ 5 milhões, como revelado pela coluna nos últimos dias. O acordo é válido até o fim da Copa de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá. O contrato inclui uma cláusula de renovação automática, caso o Brasil chegue à semifinal do torneio.
Se ocorrer um desastre e a seleção não se classificar para o Mundial, o contrato será rescindido automaticamente, sem multa para nenhuma das partes. Atualmente, o Brasil ocupa a quarta colocação nas Eliminatórias Sul-Americanas, a quatro rodadas do fim. Os seis primeiros colocados garantem vaga direta, enquanto o sétimo disputará uma repescagem intercontinental em março de 2026.
Para o ciclo seguinte, de 2026 a 2030, o salário do treinador aumentará em 20%, alcançando R$ 6 milhões mensais (R$ 72 milhões por ano). Há uma multa rescisória de 1 milhão de euros (aproximadamente R$ 6 milhões) caso Ancelotti opte por deixar o cargo antes da Copa do Mundo de 2030.
Além da remuneração, o técnico terá benefícios pagos pela CBF, como casa no Rio de Janeiro, carro, plano de saúde e passagens aéreas para a Europa — especialmente para Inglaterra e Itália. A expectativa é que ele permaneça boa parte do tempo no Brasil, embora, no segundo semestre, com jogos da seleção fora do país (em outubro e novembro), deva passar mais tempo em Londres, onde mantém residência.
A composição da comissão técnica ainda está em discussão. Seu filho, Davide Ancelotti, de 35 anos, um dos entusiastas da possibilidade de trabalhar no Brasil, não integrará a equipe porque ele deseja seguir carreira própria como treinador na Europa. Já Francesco Mauri, conhecido na Espanha como o “Mago” das bolas paradas, deve acompanhar Ancelotti ao Brasil.Francesco é filho do renomado preparador físico italiano Giovanni Mauri. Começou atuando no condicionamento físico dos atletas, mas ao longo do tempo passou a se dedicar à parte tática. Ficou responsável por treinar jogadas de bola parada, como faltas laterais e escanteios, especialidade que lhe rendeu o apelido na imprensa espanhola.
Embora possa haver mudanças na formação da comissão técnica quando Ancelotti assumir, a tendência é que os preparadores físicos e de goleiros sejam brasileiros. Essa é uma preferência da diretoria da CBF, que deseja manter uma equipe majoritariamente nacional. CBF e Ancelotti também concordam sobre a importância de incluir um profissional brasileiro de renome na comissão. Não necessariamente um treinador experiente, mas alguém com histórico na seleção e, de preferência, que já tenha trabalhado com o italiano em algum clube. Nomes estão sendo avaliados.
Esta notícia foi lida 138 vezes!