Após dez anos de espera em Ribeirão Preto (SP), a tosadora Bruna Vasconcelos comemora a indenização e a pensão vitalícia que serão pagas, a partir de outubro, pelo governo federal às crianças com síndrome congênita associada ao vírus zika.
“Vai ser uma benção, apesar de eu achar que esse dinheiro tem que ser um direito. É o nosso direito, porque querendo ou não foi uma falha do governo”, diz.
Em 2015 e 2016, o país enfrentou uma epidemia de zika, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Bebês de gestantes infectadas na época nasceram com danos cerebrais irreversíveis.
Para manter a estrutura de cuidados da criança, que envolve ventilação, terapias e medicamentos, Bruna tem um gasto alto. Atualmente, a única ajuda que ela recebe do governo é um valor de R$ 1,5 mil, referente a um salário mínimo.
O texto prevê indenização por danos morais em parcela única de R$ 50 mil. Já a pensão vitalícia mensal tem teto de R$ 8.157, 40.
Os pagamentos foram garantidos por lei aprovada em julho deste ano e por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
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