Defesa do banqueiro pediu que processo seja enviado ao STF; João Carlos Bacelar disse que enviou documentos a empresário sobre empreendimento em Trancoso e disse que negócio não se concretizou
BRASÍLIA – A investigação da Polícia Federal sobre crimes envolvendo o Banco Master apreendeu em um dos endereços ligados ao dono do banco, Daniel Vorcaro, um envelope com o nome do deputado federal João Carlos Bacelar (PL-BA) contendo documentos sobre um negócio imobiliário.
Os investigadores ainda não fizeram uma análise se há alguma suspeita de irregularidade envolvendo o conteúdo desse envelope. Procurado, Bacelar afirmou que atuou na constituição de um fundo para construir um empreendimento imobiliário em Trancoso, em Porto Seguro (BA), e por isso foi procurado por Vorcaro. O empresário manifestou interesse em adquirir uma parte do empreendimento e, por isso, Bacelar enviou documentos a Vorcaro sobre essa aquisição, mas o negócio não foi adiante.
“Ele me fez uma consulta sobre um imóvel em Porto Seguro, que não se concretizou. Quando o banco começou a entrar em dificuldade, ele pediu mais um tempo para poder exercer a opção. Foi feito um documento dando a opção de compra a Daniel Vorcaro”, afirmou Bacelar ao Estadão. A defesa do banqueiro não se manifestou.
O pedido da defesa de Vorcaro foi distribuído para o ministro Dias Toffoli e faz parte de uma estratégia para tentar tirar o caso da primeira instância da Justiça Federal, que decretou a prisão preventiva dele. No mesmo dia em que essa ação foi apresentada ao STF, a desembargadora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) Solange Salgado reconsiderou sua decisão anterior e decidiu revogar a prisão preventiva de Vorcaro e dos outros quatro presos na investigação. Eles deixaram a prisão no sábado.
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