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O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com dirigentes de centrais sindicais, no Palácio do Planalto.

Lula não substituirá embaixador que deixou Israel em protesto contra Netanyahu

Felipe Frazão – O Estado de SP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não enviar um substituto para assumir o posto de embaixador do Brasil em Israel, após remover em definitivo do cargo o embaixador Frederico Meyer. A partir de agora a embaixada em Tel-Aviv passará a ser chefiada, por tempo indeterminado, pelo encarregado de negócios Fábio Farias.

O decreto de Lula com a remoção de Meyer foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, dia 29, e assinado na véspera. O Itamaraty diz que a embaixada funcionará normalmente, embora a representação política tenha sido rebaixada.

A decisão do presidente é uma forma de protesto diplomático em relação a Israel. O Palácio do Planalto e o Itamaraty consideram que o embaixador foi humilhado – assim como o próprio País – pelo governo do premiê Binyamin Netanyahu. Um embaixador a par da decisão afirmou que não havia clima para retomar a relação como se nada tivesse acontecido.

Em nota, a Conib (Confederação Israelita do Brasil), lamentou a retirada do embaixador. “Os dois países têm uma rica história de cooperação e afeto, iniciada desde a aprovação da partilha da Palestina pela ONU, em 1947, em votação na Assembleia Geral da organização conduzida pelo brasileiro Oswaldo Aranha. Desde então, as relações prosperaram e os laços entre os países se fortaleceram em benefício mútuo de seus povos”, afirmou.

E continua: “A medida unilateral do governo brasileiro nos afasta da tradição diplomática brasileira de equilíbrio e busca de diálogo e impede que o Brasil exerça seu almejado papel de mediador e protagonista no Oriente Médio.”

Embora divergissem em diversos assuntos e principalmente na questão Israel x Palestina, a crise entre os governos escalou em fevereiro. Em viagem à Etiópia, na qual encontrou-se com lideranças políticas palestinas, Lula comparou as ações militares de Israel na Faixa da Gaza ao extermínio em massa de judeus por Adolf Hitler, comparação que foi considerada ofensiva pela comunidade judaica.

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