Após a sanção imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ministro Alexandre de Moraes, integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) passaram a considerar que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) cavou seu próprio destino no Judiciário brasileiro. Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz, do g1, ministros da Corte avaliam que o filho de Jair Bolsonaro (PL) forneceu o que consideram ser a “prova final” para as investigações que apuram seu envolvimento em articulações contra a soberania nacional e contra o próprio Judiciário.
Na quarta-feira (30), Eduardo celebrou publicamente a decisão de Trump de aplicar a Lei Magnitsky contra Moraes — responsável pela relatoria da ação penal do 8 de janeiro — e afirmou que a sanção foi resultado direto de sua atuação nos Estados Unidos. “Ele já vinha dando seguidas provas de cometimento de um crime contra a soberania nacional, agora selou seu destino dentro do STF”, afirmou um interlocutor de ministros do Supremo ouvido pela reportagem. A suspeita é de que Eduardo Bolsonaro esteja promovendo, em território norte-americano, ofensivas contra autoridades brasileiras, o que amplia o cerco da Justiça sobre suas atividades no exterior.
Investigação contra Jair Bolsonaro segue sem alterações – A ação penal que tem Jair Bolsonaro como réu pela suposta participação no planejamento de um golpe de Estado também permanece no radar do Supremo. Embora Trump tenha citado o julgamento de Bolsonaro como uma das justificativas para as sanções contra Moraes — além da imposição de tarifas ao Brasil —, os magistrados da Corte afirmam que o andamento do processo não será alterado. De acordo com a reportagem, o julgamento pode ocorrer já em setembro.Em nota divulgada na quarta-feira, o STF reiterou seu apoio a Moraes, o que, na visão dos ministros, demonstra o “óbvio” reconhecimento da legalidade das ações conduzidas pelo relator.
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