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Caso Epstein causou prejuízo a Trump junto à sua base, aponta ex-jornalista do Washington Post

Em e-mail sobre Trump, Epstein disse que era ‘o único capaz de derrubá-lo’

Arquivos foram divulgados por um comitê de deputados democratas na quarta-feira, 12; Epstein e Trump foram amigos por mais de 20 anos, mas romperam a relação em meados dos anos 2000

Em entrevista ao Estadão, a jornalista americana comenta as repercussões do caso Jeffrey Epstein nos Estados Unidos. Crédito: Ruth Marcus

Em um dos e-mails divulgados por deputados do Partido Democrata na quarta-feira, 12, o empresário Jeffrey Epstein disse, ao falar sobre Donald Trump, que era “o único capaz de derrubá-lo”.

Epstein e Trump foram amigos próximos nos anos 1980 e 1990, mas romperam a relação em meados dos anos 2000. Mesmo assim, de acordo com os documentos revelados pelos democratas, o empresário nunca deixou de falar sobre o atual presidente dos Estados Unidos.

Nas mensagens, ele chamou Trump de “Donald bobo” e “Donald demente”, disse que as finanças dele eram “uma farsa completa” e insinuou que tinha informações comprometedoras sobre o republicano.

Em uma das mensagens, o empresário disse que Trump “sabia das meninas” – muitas das quais eram menores de idade. Em outro e-mail, endereçado a Ghislaine Maxwell, então sua sócia e namorada, Epstein disse que queria que a mulher percebesse que “aquele cachorro que não latiu é Trump.” Ele acrescentou que uma vítima não identificada “passou horas na minha casa com ele, ele nunca foi mencionado uma única vez.” “Tenho pensado nisso,” escreveu Ghislaine, em resposta.

Ao todo, mais de 20 mil páginas de e-mails foram publicadas pelo Comitê de Fiscalização da Câmara. As trocas de mensagens ocorreram pelo menos desde 2011, época em que Trump ainda estava mais próximo de ser uma celebridade do que um político. Os últimos registros são de 2019, quando o republicano já ocupava o cargo de presidente do país mais rico do mundo.

Nenhum dos arquivos foi escrito ou enviado por Trump ou algum representante. Em seu perfil na Truth Social, ele disse na quarta-feira que “os democratas estão usando a farsa de Jeffrey Epstein para tentar desviar a atenção de seus enormes fracassos, em particular, o mais recente deles – a paralisação do estado”.

Epstein fechou um acordo de confissão em 2008, na Flórida, quando admitiu que comandava uma rede de tráfico sexual. No entanto, ele voltou a ser preso em julho de 2019, em Nova York, após um juiz considerar que o acordo que ele havia assinado mais de uma década antes era ilegal. Um mês depois de ser detido, o empresário foi encontrado morto na sua cela e a autópsia concluiu que ele tirou a própria vida.

Apesar de a revelação de documentos sobre Epstein ter sido uma das promessas de campanha de Trump, o caso já havia se tornado uma dor de cabeça para o governo meses antes da divulgação dos e-mails, quando o Departamento de Justiça dos Estados Unidos se negou a compartilhar os materiais sobre os crimes./Com informações do NYT

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