Se a Ucrânia for, de fato, forçada a se render aos termos específicos desse ‘acordo’ até quinta-feira, o Dia de Ação de Graças não será mais um feriado americano, mas sim um feriado russo
Finalmente, o presidente Donald Trump pode receber um prêmio da paz para garantir seu lugar na história. Infelizmente, porém, não é o prêmio Nobel da paz que ele tanto almeja. É o “Prêmio Neville Chamberlain da Paz” — concedido pela história ao líder do país que mais flagrantemente trai seus aliados e seus valores em favor de um ditador agressivo.
Este prêmio merece ser compartilhado pelos muitos “secretários de Estado” de Trump — Steve Witkoff, Marco Rubio e Dan Driscoll — que juntos negociaram a rendição da Ucrânia às exigências de Vladimir Putin sem consultar a Ucrânia ou nossos aliados europeus com antecedência — e depois disseram à Ucrânia para aceitar o plano até o Dia de Ação de Graças.
Se a Ucrânia for, de fato, forçada a se render aos termos específicos desse “acordo” até lá, o Dia de Ação de Graças não será mais um feriado americano. Será um feriado russo. Será um dia de agradecimento pelo fato de a vitória na guerra selvagem e mal concebida de Putin contra o povo ucraniano, que tem sido um fracasso total — moral, militar, diplomático e econômico — ter sido entregue à Rússia não pela superioridade das suas armas ou pela virtude das suas reivindicações, mas por uma administração americana.
A todos os senhores que entregaram este peru a Moscou, só posso oferecer um conselho: não tenham ilusões. Nem a Fox News nem a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, escreverão a história deste acordo. Se o impuserem à Ucrânia tal como está, todos os seus nomes ficarão marcados pela infâmia ao lado do de Chamberlain, que hoje é lembrado por uma única coisa: ele foi o primeiro-ministro britânico que defendeu a política de apaziguamento, para evitar a guerra com a Alemanha de Adolf Hitler cedendo às suas exigências.
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