Investidores, gestores financeiros e bancos centrais em todo o mundo investiram pesadamente no ouro este ano, elevando seu preço em cerca de 50% e estabelecendo uma série de recordes no processo. O ouro está se aproximando de US$ 4 mil por onça pela primeira vez.
Frequentemente visto como um porto seguro em tempos de turbulência, o metal está a caminho do seu melhor ano desde 1979, quando os preços subiram mais de 100% durante um período de alta inflação, desvalorização do dólar e crise geopolítica no Médio Oriente.
Hoje, ecos desconfortáveis dessa alta passada são sentidos, disseram analistas, que atribuíram o recente aumento nos preços do ouro à demanda de investidores que buscam se afastar dos ativos dos EUA em um momento de turbulência política e incerteza, destacado pela paralisação do governo. A alta do ouro também reflete uma forte corrente de inquietação entre os investidores, mesmo com as ações batendo recordes repetidamente, dando a Wall Street um ar otimista.
O ouro também atraiu compradores porque outros refúgios tradicionais, como o dólar e os títulos do governo dos EUA, perderam parte de seu apelo. Espera-se que o Federal Reserve continue reduzindo as taxas de juros, medidas que podem continuar enfraquecendo o dólar, que já caiu cerca de 10% este ano.
Preocupações com o aumento da dívida e do déficit lançaram uma sombra sobre a credibilidade dos Estados Unidos, que não têm mais a classificação máxima de crédito de nenhuma das principais agências após o rebaixamento da Moody’s este ano.
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