
O Supremo Tribunal Federal (STF) fechou o cerco contra a família Bolsonaro. A Primeira Turma vai julgar a partir do dia 7 o recurso apresentado por Jair. Uma semana depois, vai iniciar a análise da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o filho zero três, Eduardo.
As duas votações serão realizadas no plenário virtual, um sistema interno do tribunal que dispensa o debate público e o encontro dos ministros. Sem a presença de Luiz Fux nos dois julgamentos, a expectativa é de decisões unânimes em desfavor dos dois acusados.
Fux costumava ser o voto isolado contra as posições do relator, Alexandre de Moraes. Com a mudança do ministro para a Segunda Turma, as próximas votações sobre a trama golpista e os processos relacionados ao tema na Primeira Turma devem ser unânimes.
No caso do ex-presidente, fontes do STF afirmam que não deve haver qualquer tipo de mudança na condenação ou na pena atribuída ao réu a partir do julgamento dos embargos de declaração. Passada a votação, o tribunal deve aguardar eventual novo recurso da defesa.
A previsão é que a ordem para o início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses seja dada até o fim do mês. Também segundo fontes do tribunal, a tendência é que Bolsonaro seja levado para uma cela especial da Polícia Federal. A depender do estado de saúde do ex-presidente, ele pode ser devolvido para a prisão domiciliar posteriormente.
No STF, há o receio de Bolsonaro permanecer em prisão domiciliar durante a campanha de 2026 e, com isso, passar a interferir diretamente no processo eleitoral. Mas o benefício deve ser concedido mesmo assim, se ficar comprovado quadro de saúde grave do condenado.
A denúncia contra Eduardo Bolsonaro também deve ser recebida à unanimidade. O inquérito deve ser transformado em ação penal e o filho do ex-presidente, em réu. Ele foi denunciado por influenciar políticos dos Estados Unidos a aplicarem sanções contra autoridades brasileiras como forma de pressionar o STF a liberar Jair Bolsonaro da acusação sobre a trama golpista.
O blogueiro Paulo Figueiredo é apontado como braço direito de Eduardo na empreitada, mas o caso dele foi desmembrado e será analisado pelo STF em outra ocasião.
Somados a esses dois reveses, a família Bolsonaro pode sofrer outra derrota neste mês: Luiz Inácio Lula da Silva espera avançar nas conversas com Donald Trump no sentido de revogar o tarifaço. O ex-presidente e o filho zero três podem ver todo o esforço empreendido nas movimentações pela Casa Branca irem por água abaixo.
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