Mauro Beting
Estadão – Opinião
Domingo pode até não ser a final antecipada do Brasileiro, e provável que não seja, em termos futebolísticos e matemáticos, porque tem muito campeonato pela frente, e tem muito futebol, Flamengo e Palmeiras para definir o campeonato. Ainda mais com um ótimo desempenho do Cruzeiro, melhor do que a expectativa celeste.
Pena que a CBF tenha marcado esse jogo tão antes da definição do Brasileirão. Era clássico para ser aguardado quase como a final do Brasileiro, para ser na última rodada, penúltima, quem sabe, antepenúltima.
Mas como tem a chance grande de Flamengo e Palmeiras também definirem a Libertadores, os dois colossos iniciam meses espetaculares, como são os times, o elenco e como foram os resultados dessa quarta-feira.
O Flamengo, no Nilton Santos, contra o campeão da América e do Brasil, jogou com muita autoridade para fazer 3 a 0. Pode até ter sido muito pelo que o Botafogo teve de chances e pelo que o Flamengo foi eficiente e eficaz.
Mas não é demais por aquilo que o time de Filipe Luís, ainda que desfalcado, estava bem menos que o Botafogo (que não tinha nove jogadores à disposição, pelo menos quatro titulares). São tantas opções que tem o time rubro-negro que até um cara como Pedro pode ter a tranquilidade que teve para fazer 1 a 0, no final da primeira etapa, e armar o belo lance para Luis Araújo fazer 2 a 0.
O terceiro gol de Plata apenas selou o que se sabe: a diferença abissal hoje entre Flamengo e a bagunça que for o Botafogo em 2025.
Já no Allianz Parque, de novo o time da virada deu o ar da graça.
Contra uma equipe que fez um bom jogo, o Red Bull Bragantino, e que talvez não merecesse perder por cinco. Mas a fase do Palmeiras é tão boa que fez tudo isso com extrema tranquilidade. Levou o gol de pênalti do Jhon Jhon, bem marcado pela arbitragem depois de consultar o VAR. E, no final da primeira etapa, levou um empate em mais uma das tantas jogadas bem trabalhadas pelo Palmeiras e por Bruno Fuchs, que vai bem como zagueiro e eventualmente como volante.
E a confiança era tanta no Allianz Parque que a torcida nem sofreu tanto. E sofreria ainda menos no segundo tempo, quando Vitor Roque virou, quando Felipe Anderson fez um golaço em grande jogada de Allan, que entrou voando, como Flaco López também voltou à equipe depois de defender a camisa azul e branca com amarelo e azul do Brasil, e do Palmeiras, e fez quatro. Vitor Roque faria mais um, e o Palmeiras teve chances para ampliar um resultado largo demais pelo que foi o jogo, mas absolutamente normal pela grande fase da equipe de Abel.
Teremos no domingo, no Maracanã, mais um duelo histórico entre Flamengo e Palmeiras. Já se sabe o vencedor: o futebol, o melhor do Brasil e da América do Sul.
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