POr Hugo Henud
Estadão
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira, 9, às 9h, o julgamento de seis réus do núcleo 2 da tentativa de golpe de Estado, grupo apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como responsável por “gerenciar” e operacionalizar ações para tentar manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Segundo a denúncia, esse núcleo exerceu um papel estratégico na trama golpista, oferecendo apoio jurídico, operacional e de inteligência para viabilizar o plano. A PGR afirma que os investigados atuaram, por exemplo, para dificultar o trânsito de eleitores em regiões favoráveis a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno de 2022, por meio do uso irregular da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de elaborar a minuta golpista, um documento com medidas excepcionais que seriam tomadas para reverter o resultado eleitoral e manter Bolsonaro no poder.
O grupo inclui o ex-assessor Filipe Martins, acusado, entre outros pontos, de elaborar a minuta golpista; o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, apontado por usar a estrutura da corporação para dificultar o acesso de eleitores às urnas, favorecendo Bolsonaro; e o general Mário Fernandes, acusado da elaboração do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin (PSB), então recém-eleitos, e do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Segundo a investigação, o documento teria sido impresso por Fernandes no Palácio do Planalto e levado ao Palácio da Alvorada, onde teria sido apresentado ao então presidente Jair Bolsonaro. As ações seriam executadas pelos “kids pretos”, que integram o núcleo 3.
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